19 de maio de 2008
ADEUS A DEUS!
Eu acredito em tudo e aceito a todos
Contanto que tudo esteja certo
E todos sejam corretos.
Eu ouço tudo e falo a todos
Contanto que tudo seja viável
E todos estejam de acordo.
Eu sei de tudo e conheço a todos
Sei o que me favorece
Conheço aos que me importam.
O que fico devendo a Deus?
Adeus ao que devo!
2 de maio de 2008
SILÊNCIO
Se o silêncio atrapalha meus pensamentos,
Abro a janela e ouço o que a rua diz
Ela não tem compromisso algum
Ela não mente, não disfarça, não esconde
Ela sempre diz o que quer
Mesmo que eu não queira ouvir.
Se o silêncio atrapalha meus pensamentos,
Abro os olhos e ouço o que as pessoas dizem
Elas têm uma preocupação em contentar
Elas enganam, desviam o olhar, omitem
Elas nem sempre falam o que pensam
No entanto, acabam falando o que quero ouvir.
Se o silêncio me consola...bem...
Me afasto do que é verdade, do que é mentira
Fico longe dos olhos e olhares alheios
Reclusa, quieta e tendo por companhia
A chuva que bate no vidro fechado
Da minha mente deserta.
22 de abril de 2008
REFLEXO
Há tristeza, não há conforto
Como é possível parar de sentir?
Teve jeito, não tive forças
Como foi possível parar de lutar?
Não me importo mais em ficar quieta
Não há mais canto
Me custa ser mais uma imagem
Sem vida, sem gosto, sem luz
Minhas letras não são lidas
Meus sonhos vão para cama mais cedo
Meu reflexo no espelho mostra alguém
Serei eu? Será quem fui? Será que serei?
Não sei!
Desconheço esses olhos cansados
Esses cabelos brancos
Essa pele cinza.
5 de dezembro de 2007
DO JEITO MAIS DIFÍCIL!
O que tinha a dizer não podia ser gritado
Exposto, assim, para todo mundo ouvir.
Na verdade, nem repousar ao lado
Das palavras pelas quais morri.
Meu segredo fez em mim ferida,
Cicatriz e pele nova, recomeço.
Tua figura me deixa perdida
E como um vício, obedeço.
Entrego a ti a letra, a pena, o selo,
A folha na qual te peço, imploro até,
Que me deixe ir embora pelo
Caminho que escolhi trilhar a pé!
Exposto, assim, para todo mundo ouvir.
Na verdade, nem repousar ao lado
Das palavras pelas quais morri.
Meu segredo fez em mim ferida,
Cicatriz e pele nova, recomeço.
Tua figura me deixa perdida
E como um vício, obedeço.
Entrego a ti a letra, a pena, o selo,
A folha na qual te peço, imploro até,
Que me deixe ir embora pelo
Caminho que escolhi trilhar a pé!
14 de novembro de 2007
QUEM É O VERDADEIRO PALHAÇO?
27 de outubro de 2007
PODE MANTER O VOLUME BAIXO?
A queda não precisa ser inevitavelmente o fim
Ela pode ser o princípio de um precipício.
Ao olhar para baixo, serei capaz de ver
De ler, de reconhecer as respostas
Para todas as perguntas que já me fizeram?
E no momento de maior clareza,
No instante em que tudo saberei,
Quando tudo poderei alcançar
Acabará por ser meu fim?
Entre ficar aqui, com os que desconhecem
E jogar-me na escuridão dos que tudo sabem
Serei forte o bastante para me manter de pé?
Minha espinha dobrar-se-á?
13 de outubro de 2007
MARCADOR DE PÁGINAS
Cada ruga, cada cabelo branco pode ser encarado de duas formas:
Como uma marca do tempo, como um aviso de que se está, cada vez mais, perto do fim; uma maneira sarcástica da idade se fazer presente.
Como uma marca do tempo, como um aviso de que se está, cada vez mais, perto do fim; uma maneira sarcástica da idade se fazer presente.
ou
Como uma espécie de sinal, um lembrete de que se parou ali e há ainda muito mais a ser escrito, a ser contado, a ser vivido.
O que é envelhecer pra ti:
Encaminhar-se para o fim
ou
Encarar-se como uma experiência viva?
Como uma espécie de sinal, um lembrete de que se parou ali e há ainda muito mais a ser escrito, a ser contado, a ser vivido.
O que é envelhecer pra ti:
Encaminhar-se para o fim
ou
Encarar-se como uma experiência viva?
7 de outubro de 2007
Não é sempre!
4 de agosto de 2007
Recomeço
Não é sempre que se tem a chance de começar tudo de novo.
Se esta a mim fosse dada, faria tudo como da primeira vez.
Aqueles que afirmam o contrário, não se conhecem.
Enganam-se os que pensam que uma segunda oportunidade
É sinal de recomeço, de algo novo.
Não...
Ela vem pra nos mostrar o que realmente somos:
Um joguete em nossas próprias mãos
Alguém fadado a realizar as mesmas más escolhas
Cometer os mesmos erros, agir da mesma forma.
No entanto, apenas uma vez para cada momento!
17 de julho de 2007
SORRISO
Teu sorriso me custa caro
Me dá trabalho
Me põe em cheque.
Teu sorriso nunca é largo
Não vem fácil
Não dura.
Teu sorriso é sem força
Sem forma
Sem cor.
Teu sorriso mostra pouco de ti
Alguns dentes
Várias rugas.
Teu sorriso não me dá "Bom dia"
Não passa a tarde
Não sai à noite.
Teu sorriso não dança
Não corre
Não grita.
Teu sorriso, por vezes, é só teu
Só tu notas
Só tu vês.
Teu sorriso, quando aponta,
Não se destaca
Não chama a atenção.
Teu sorriso, entretanto, vale as penas
Vale tudo
Vale mais.
Teu sorriso, porém, é o mais sincero
O mais sublime
O mais sério.
Teu sorriso é uma arte
Que me toca
Que me inquieta.
Teu sorriso é um milagre
Que me faz acreditar
Que me faz querer sorrir
Para que, assim,
Dois sorrisos sem graça
Se tornem um sorriso feliz!
Me dá trabalho
Me põe em cheque.
Teu sorriso nunca é largo
Não vem fácil
Não dura.
Teu sorriso é sem força
Sem forma
Sem cor.
Teu sorriso mostra pouco de ti
Alguns dentes
Várias rugas.
Teu sorriso não me dá "Bom dia"
Não passa a tarde
Não sai à noite.
Teu sorriso não dança
Não corre
Não grita.
Teu sorriso, por vezes, é só teu
Só tu notas
Só tu vês.
Teu sorriso, quando aponta,
Não se destaca
Não chama a atenção.
Teu sorriso, entretanto, vale as penas
Vale tudo
Vale mais.
Teu sorriso, porém, é o mais sincero
O mais sublime
O mais sério.
Teu sorriso é uma arte
Que me toca
Que me inquieta.
Teu sorriso é um milagre
Que me faz acreditar
Que me faz querer sorrir
Para que, assim,
Dois sorrisos sem graça
Se tornem um sorriso feliz!
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