21 de julho de 2004

ISSO


É assim que acontece.
Nunca muda!
O barco pára, um só desce
O outro surta.
Quem disse que isso tem que ser vivido
Não soube ser vívido sem isso ter.
Quem disse nunca isso ter sentido
Pôde simplesmente isso não querer.
Quem pôde isso não querer?

E é o que aborrece
Nunca elucida!
O que vai, se esquece
O outro suscita.
Quem soube só viver sem ser temido
Não disse se tem medo de viver.
Se isso pôde sem querer ser mais querido
Quem sente isso nunca vai dizer.
Quem pode isso não querer?

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