4 de setembro de 2005

"Posso ouvir o vento passar, assitir à onda bater, mas o estrago que faz A VIDA É CURTA PRA VER!"


É caminhando pelas baixas e estreitas ruas
Da pobre cidade suja, porém bela
Que sou capaz de ver o que olhando pela janela
Não reconheço como legítimas belezas suas.

Esquecendo-me da velocidade dos ponteiros ágeis
Abandono minha vida à brisa, ao ar
O pensamento que não mais quer alcançar
Os dias. Oh dias, por que vos arrastais e não correis?

De pedras é feito o caminho e os pés
De carne fraca e ossos torpes
Que por mais tenra e suavemente que me toques
Transformam em nada o todo que és.

Ideais traçados não abrem espaço
Para o que não se quer ou espera
Remonta, forja uma nova era
Pela qual não luto, apenas passo.